Ato Fálico...ops! Falho! Ato Falho!

Depois de um longo e tenebroso inverno, estou de volta! Espero que curtam...Tô falando do texto, rapái! Porra, não devia ter colocado foto de Káká, agora ninguém presta mais atenção a nada!

- Amor...

Jogo do Brasil. A sala lotada se calou. Só faltaram uns grilos de desenho animado.
Eu, de olhos arregalado, com a boca meio aberta, perdi a pulsação cardíaca por uns longos segundos. Tinha chamado em alto e bom som meu namorado pelo nome. O verdadeiro. Na frente de todo mundo.

- Eiji..- grunhiu um dos heteros convictos do recinto, resumindo a opinião de muitos.
- Er...amoroso..O nome dele é Amoroso, rapái!

Sorri amarelo–ouro-da-bandeira. Na verdade, acho que também fiquei um pouco amarelo.

- Amoroso? – perguntou uma das detetives presente, cruzando os braços, incrédula.
- É. Amoroso. Por quê? Não gostou? Vá brigar com a mãe dele! – a minha paciência já tinha escorrido pelo ralo. Mijei ela toda, junto com a cerveja.
- Pensei que fosse...
- A-m-o-r-o-s-o!
- Tá.

Ela sacudiu os ombros. Aparentemente tinha desistido.

Entre mortos e feridos, salvaram-se quase todos: perdemos mais uma vez, agora de dois a zero, Ronaldo continua gordo e lento, e eu, como se não bastasse ter ficado a tarde inteira sem poder nem ao menos encostar no meu “amor”, sequer posso chamá-lo pelo nome. Onde nós estamos, meu Deus? ”Em Natal”, respondeu a voz na minha cabeça.

***

- Amoroso! Amoroso!
- Acho que você tá me confundindo com alguém
- Não. Você não tava no jogo ontem? Não é amigo de David?
- Sim! Sou eu sim, desculpa, não te reconheci.

E no final, sobrou pra ele também. É, pra ele. Pro meu a-m-o-r.